quinta-feira, 5 de maio de 2011

A relação entre a anatomia craniofacial e apnéia obstrutiva do sono: um estudo caso-controle


The relationship between cranioafacial anatomy and obstructive sleep apnoea: a case-controlled study. Artigo publicado na European Sleep Research Society, por Ama Johal, Shivani I. Patel e Joanna N. Battagel, no ano de 2007(16,319-326).
 
Johal et al. (2007), procuraram identificar fatores anatômicos craniofaciais e faríngeos diretamente relacionados com a Apnéia Obstrutica do Sono (OSA).
O Grupo Teste consistiu de 99 Caucasianos adultos, referenciados para terapia de avanço mandibular. Todos indivíduos do grupo teste tiveram seu diagnóstico confirmado por uma polissonografia noturna.
Critérios de inclusão:
·                   Caucasianos com idade entre 35 e 60 anos.
·                   Índice de apnéia e hipoapnéia > 5 eventos por hora.
·                   Dentados em maxila e mandíbula.
Foram excluídos se tivessem algum histórico de cirurgia faríngea, cirurgia ortognática ou pobre saúde bucal.
O grupo controle consistia com 99 Caucasianos adultos. Os critérios de inclusão foram parecidos, exceto que os indivíduos não poderiam possuir nenhum histórico de desordens respiratórias do sono.
A circunferência do pescoço, altura e peso foram tomadas e o índice de massa corporal foi calculado. Cada indivíduo completou um questionário com histórico do sono.
O cefalograma foi tirado com o indivíduo em posição natural da cabeça e seus dentes em máxima intercuspidação.

Resultados
Achados cefalométricos em indivíduos com OSA e controle.

Esquelético
Diferenças significativas foram encontradas em valores de SNA e SNB entre indivíduos com OSA e Teste. A distância entre a parede posterior da faringe e a superfície lingual dos incisivos inferiores no nível do plano oclusal foi 3.1 mm mais curto em indivíduos OSA.

Palato Mole
O comprimento, espessura e áera do palato mole estavam significantemente maiores no grupo OSA.

Faringe
O espaço aéreo nasofaríngeo e orofaríngeo estavam significantemente reduzidos em indivíduos com OSA. Entretanto, nenhuma diferença foi detectada no comprimento faríngeo.

Língua
Todas mensurações, exceto a espessura da língua, mostrou significante diferença entre os grupos, com a área e comprimento da língua sendo 1,1cm²  e 2,3cm²  maiores, respectivamente, nos indivíduos com OSA. A distância da língua e o plano maxilar foi significantemente maior nos indivíduos com OSA.

Hióide
A medida horizontal do hióide à espinha nasal anterior e a  sua distância vertical ao plano palatino estavam todas significantemente maiores nos indivíduos com OSA. 

Artigo na íntegra via Blackwell Publishing:




Investigação Longitudinal entre a relação do Palato Mole e do Espaço Aéreo Nasofaríngeo em diferentes tipos rotacionais de Crescimento Mandibular.


Longitudinal Investigation of Soft Palate and Nasopharyngeal Airway Relations in Different Rotation Type. Artigo publicado na revista Angle Orthodontics por N. Okan Ackam, T. Ufuk Toygar e Takeshi Wada, no ano de 2002 (Vol. 72, No6, 521-526).

Akcam et al.(2002), investigaram as dimensões do palato mole e a sua relação com o espaço aéreo nasofaríngeo durante o crescimento em 24 indivíduos com diferentes padrões de crescimento craniofaciais, determinados pela variação do padrão de crescimento rotacional mandibular.
O estudo foi feito usando cefalogramas radiográficos obtidos em um período de três anos. Os indivíduos foram agrupados de acordo o ângulo do plano mandibular (Go-Me/N-S) e pelo ângulo entre o plano palatino e o plano mandibular (ANS-PNS/GO-Me). Esses indivíduos foram classificados como Grupo I com um crescimento normal, Grupo II com uma rotação posterior da mandíbula durante o crescimento, e Grupo III com uma rotação anterior da mandíbula durante o crescimento.
Um crescimento linear do comprimento do palato mole foi observado em todos os Grupos. A rotação posterior da mandíbula observada no Grupo II mostrou uma maior aumento. A rotação normal do Grupo I foi significantemente maior.
A espessura do palato mole mensurada mostrou um aumento significante somente no Grupo II.
A distância entre o ponto de interseção entre o plano palatino e a parede posterior da faringe (PNS-PPW1) foi mensurada e mostrou um aumento linear em todos os Grupos, demonstrando um aumento da dimensão nasofaríngea, com o crescimento.
O espaço aéreo inferior (SPY-PPW2) diminuiu no Grupo II e houve um pequeno aumento nos Grupos I e III.
A relaçao entre o palato mole e o espaço faríngeo superior não apresentou uma mudança significativa em nenhum dos grupos. A relação entre o palato mole e o espaço faríngeo inferior demonstrou pequeno aumento somente no Grupo II.
Foi sugerido aos clínicos considerar a estabilidade da relação entre o palato mole e o espaço faríngeo para prevenir desordens da fala, e o planejamento de tratamento que pode perturbar o balanço entre o palato mole e o espaço faríngeo deve ser evitado.


Artigo na íntegra via Angle Orthodontics: