segunda-feira, 11 de abril de 2011

Por que o ortodontista deve conhecer a qualidade de vida de seus pacientes?



Artigo publicado na revista Dental Press Journal of Orthodontics, pela autora Daniela Feu, no ano de 2011(vol.16 no.1 Maringá jan./fev).
Para avaliar a qualidade de vida dos pacientes são usados questionários conhecidos como “indicadores sociodentais”. O que esses indicadores procuram revelar é o impacto percebido dos problemas bucais sobre a qualidade de vida das pessoas que o possuem.
A avaliação da qualidade de vida dos pacientes ortodônticos deve-se a importância da estética dental e facial na vida das pessoas e a amplitude com as quais elas autoavaliam essa estética.
Para uma mesma oclusão existirão diferentes impactos psicossociais e essa percepção individual provavelmente é a chave para a busca do tratamento ortodôntico.
Qual a dimensão de impacto negativo faz o paciente procurá-lo? Estética? Funcional? Psicossocial? Esse conhecimento pode auxiliar cada um de nós a buscar nossas falhas e deficiências, melhorar o marketing e a visibilidade de outras áreas de impacto e abrir novos caminhos em nossas clinicas e consultórios.
A dor decorrente do tratamento foi o principal fator causador da manutenção do impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes em tratamento. O impacto negativo da primeira semana é significantemente pior do que o problema que fez o paciente buscar o tratamento ortodôntico, inicialmente, normaliza-se após três meses de tratamento. Nesse período o paciente deve ser orientado claramente sobre os prováveis efeitos do inicio do tratamento para não haver uma quebra de confiança.
O maior problema de relacionamento foi a falha de feedback do ortodontista no inicio do tratamento e nos episódios de dor aguda devido a problemas com o aparelho.
Após a montagem do aparelho, alguns autores recomendam um telefonema estruturado no dia seguinte e relatam que observaram resultados significativos na redução da percepção da dor do paciente.
Portanto a avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde bucal dos pacientes pode produzir importantes melhoras na relação profissional-paciente e, principalmente, pode facilitar a obtenção de resultados finais mais satisfatórios. Mas atualmente, com as ferramentas desenvolvidas para a mensuração específica desses impactos, ela ainda é suficiente?


Artigo na íntegra via Scielo:

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